Há em mim um vazio
Algo que não compreendo
Vazio
Ser minha própria companhia
Não tem sido suficiente
E nesta corrente-cachoeira
Desaguo e desabo em mim
Como um lago perdido
O oásis prometido
Num deserto severo
E sem fim
Não me resta muito
A não ser a espera
Gélida e solitária
Dos minutos angustiantes
Das horas impacientes
E companhias invisíveis
A olho nú
E eu que não quero estar
Permaneço quieto
Calado
E despido
Acompanhado por vozes
Que me dizem
Que vai ser assim...
17/01/10
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