terça-feira, 18 de outubro de 2011

Escritas

Escrevo sempre
Escrevo para materializar sua presença
Escrevo porque preciso
Escrevo apenas
E reescrevo novamente
Na esperança vã de te ler
Na vontade singular de te rabiscar
Na ânsia ímpar de te desenhar
Sorvendo cada palavra como sorvendo a mim
Tentando disfarçar o que se reflete
Neste largo brilho que ecoa
E se perpetua e cresce
E me toma por romântico
Escrevo porém
E nada é lido, nada é absoluto
É findável e ponto
Tal esta folha outrora branca
Que se rasga nas mãos de quem não a compreende

Nenhum comentário:

Postar um comentário