sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Antissinfônico

Nunca ter te visto
Nunca ter ficado feliz com seu sorriso
Nunca ter ficado feliz com uma rosa
Nunca ter te beijado como se saboreasse as delicias do mundo
Nunca ter deitado abraçado
Nunca ter ficado pensando em você
Nunca ter rido de coisas sem importância
Nunca ter ficado embriagado
Nunca ter caminhado pela madrugada
Nunca ter sido acordado com um café da manhã
Nunca ter sabido os seus segredos
Nunca ter dito alguns dos meus
Nunca ter conhecido sua casa
Nunca ter vencido meus medos
Nunca ter tocado seu corpo
Nunca ter esperado seu telefonema
Nunca ter acreditado nos seus olhos
Nunca ter pulado etapas
Nunca ter ficado distante
Nunca ter ficado com tantas vontades
Nunca ter gostado tanto
Nunca ter dito pouco
Nunca ter dirigido pela orla eternizando seu rosto na minha cabeça
Nunca ter visto você chorar pela primeira vez
Nunca ter dormido sonhando
Nunca ter sido acordado num rompante de fúria
Nunca ter acompanhado até a rua
Nunca ter entendido
Nunca ter sentido saudades
Nunca ter ouvido sua voz
Nunca ter voltado
Nunca dizer adeus.
Eu queria gritar tudo o que guardo aqui dentro. Gritar e simplesmente gritar. Bem alto. Fazer ecoar tudo o que trago. Tudo isso que me leva ao sono e me desperta pela manhã. É uma mistura de muitas coisas misturadas. Tocar o coração é uma tarefa árdua, uma tarefa desumana. Coração é terra que não se pisa, já diziam os antigos, mas minha mão se estende numa tentativa vã de alcançar aquilo que não se alcança. Eu tenho sido levado ao meu limite sempre que peço que tudo isso se dissipe e, a cada novo pedido, isso retorna mais forte, mais incompreensível. Uma voz que se torna cada vez mais clara e sempre diz “Continue!”. Uma experiência que transcende a realidade até então conhecida por mim que não sei nada de mim. Eu que me choco contra os bancos de areia. Eu que me solto leve-pluma no ar. Eu que não sei nos livros. Eu que te vivo fortaleza em mim.
Eu te recrio pela manhã, pelos vãos que a vida fornece no contar das horas. Eu não te recuso pensar. Não te recuso ainda sentir. Por isso te grito de dentro de mim e te busco num raio, num sorriso de quem me grita dentro de si.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pintura de Marie-Guillemine Benoist

Negra linda dos dentes alvos
Seus quadris, seus traços leves e fortes
Ela vem de longe
Vem gingando
A rua para e ela sorri
Ela dança e balança
As casas, os prédios, os seres
Ninguém repara mas ela também tem
O balanço de quem vai e vem
O carinho de quem sabe que tem
E ela ri e chora
Diz que vai e vem embora
No seu secreto modo de ser
Não há quem entre sem perceber
Ou quem saia sem desistir
Ela vai e vem
E torna a ser assim
Mas para que entender? 

Recanto

Em minhas palavras ele se esconde
Subentendido e intacto
Caminha e dorme comigo
Ainda que não esteja aqui todavia
Com ele, sorrio e digo coisas
Da vida, de mim, de nós
Ele me ouve atento e fala de si
Sem que ele note, o permito entrar
Desbravar esta terra outrora tão seca
Infértil, pueril
O permito se esconder em mim
Lá de longe ele nem percebe
Que a terra é fértil, doce e sem fim
O que ele em mim busca?
Não sei dizer com certezas duvidosas
Mas fecho os olhos e lhe dou a mão
Pois as belezas que deitam sobre meus olhos
Ninguém mais há de ver

Bethânia

Quando Bethânia me sorriu pela primeira vez já era tarde da noite. Eu nem sequer sabia que ela tinha um sorriso tão lindo. Ela veio por entre as cortinas, dentre os móveis da sala, o aparelho de jantar e aquietou-se ali naquela cadeira. Me dizia coisas tão improváveis sobre o amor, sobre a terra onde piso, sobre a carência da solidão. Mexia em seus cabelos de uma forma particular, levando para trás, abrindo os olhos e cantarolando as conversas sussurradas ao meu ouvido. Era moça menina. Levantou-se com seu vestido branco feito de rendas e linhas e rodava. Rodava encantada. Era algo incomum aos meus olhos. Algo lindo. Trazia consigo o rompante de um trovão e a suavidade da chuva que se segue então.
Quando conheci Bethânia, ela não me conhecia. Ela pensava mas não dizia.Ela gostava de me fitar com os olhos como se eu fosse desaparecer a qualquer instante. Eu acho que gostava disso. Quando a conheci ainda não era tarde para conhecê-la e por isso a acompanho. Estranho e torto.

As meninas da rua


Essas meninas da minha rua
Clara, Bia,
Beta, Luiza
Tem bonecas e sonhos
Potes, brincos, anéis
Coisas imaginárias e desenhos
Cavalos e nuvens
Essas meninas da minha rua
Maria, Joana
Jandira, Carolina
Tem vestidos coloridos
Flores nos cabelos
Tranças
E toda a vizinhança
Essas meninas tão risonhas
Correm, brincam, dançam
Na ciranda vida
Na varanda céu
Antes do fim da tarde
Antes do mundo dizer
Que as bonecas e livros
E sonhos
Já devem ficar no quintal

O menino


Ele trazia os olhos pequenos
Cintilantes, verdes, tenros
Dizia apreciar a vida
As sombras coloridas
Que ele criava
Ah, esse menino tão homem
Tão virtuoso!
Ele queria o mundo inteiro
E o mundo se escondia
Nele mesmo
Ah, se ele se soubesse!
Ele me trazia em suas mãos
Mas nem sabia
Me protegia e me afagava
Enquanto o vento batia.
Lá fora o mundo girava
E dentro de seus olhos
Meu mundo permanecia.


Vivissitudes


Vou desarrumar
O que não se arruma mais
Em mim
Desorganizar a casa
Vasculhar poeiras
Viver na fronteira
Entre o ‘não’ e o ‘sim’
Sou aquilo que há de bom
Suave e perniciosamente
Inquieto, tardio
Desajeitando as palavras
Não ditas
Caladas
Pois assim Pedro me dizia
Com olhos negros
Pálidos
Quando o mundo era meu
E eu não me importava
Vou desarrumar a vida
Quebrar as regras
Recriar minhas leis
Se há o bom a ser feito
Porque ele não se fez?
Nesta vida-livro
Que me livra disto
E me põe de volta
Ao lugar
De onde nunca parti.

Poema de Maria

Poetas loucos
Enternecidos pela profusão de sons
Me deixaram esta carta.
Ah, se eu pudesse ler
Ah, se eu entendesse
Mas poetas são divinos
São aqueles das canções
Dos livros complexos
E singelamente lindos
Das lágrimas
Em versos
Poetas são simplesmente
Mas não fazem questão
De existir apenas
Vivem escondidos
E muitos se escondem em mim
Que sou pequeno
Ah, poetas...
Vamos recitar nossos corações.

Luas

Porque te enganas tanto
E te consideras tão sábio?
Não sabes ouvir
Foges de tudo
Nem a ti mesmo enfrentas
Porque te enganas tanto
E acreditas que o que digo
Te pertence?
O que te digo sou eu
Mas o que vês não é
O que te ofereço
É para me fazer bem
Podes recusar e ainda assim
É para me fazer bem
Se vago pelas ruas
E vejo diversas luas
O faço por mim.
Porque te enganas tanto
E te achas tão determinante assim?
A vida te endureceu
Não a mim.
Porque te enganas tanto
E acreditas ser bom para mim
Quando era eu
Quem seria bom para ti?

Eighteen


He is only eighteen
And that makes me feel old
Makes me feel good
Makes me feel wrong
But he is only eighteen
And has a whole life ahead
And it is a problem instead
We are near and far apart
Is he really eighteen
Or is he lying to me?
Because he seems older
And makes me feel younger
What are you but an angel to me?
What are you but my overwhelming heartbeat?

To Guto: my friend, my little piece of heaven.

A Morte do Poeta


"Era tarde naquele dia em que eles se conheceram. Os campos verdes, a noite linda. Tímidos, trocavam as palavras, os olhares e as mãos não queriam se soltar. Ele sentia que seu mundo se coloria novamente como há muito tempo não acontecia. Despediram-se com a imensa vontade de ficar, de tirar tudo do outro, de reinventar a vida, mas seus rostos não se despediram dos olhos. Lá, eles permaneciam enquanto não se viram novamente. E se viram uma, duas, tantas outras vezes e aquela vontade de estar ali crescia. Crescia tanto que ele se assustou com tanta cor, com tanta força que brotava pelos poros. Ele nunca o disse que, certa vez, ao pensar no seu rosto, sinos tocaram de fato. Foi engraçado e repentino. Ele agradeceu por tê-lo conhecido. Não importava a distância, o tempo, os obstáculos que vinham pela frente. Ele o queria com tanta força que se desconhecia. Não previa futuros, apenas queria. Mas havia forças maiores que cada vez mais aumentavam o tempo, o espaço, a distância. Ele lutava, muitas vezes só, mas lutava. Foi quando de repente, se viu só na batalha. Não havia mais por quem lutar.
Ele vasculhou os escombros, refez caminhos, buscou seu amado dentre os feridos mas ele havia partido antes que as espadas fossem erguidas. Sozinho ele havia chegado e agora sozinho partia. Do seu amado somente lhe restavam as memórias que lhe sorriam lindas, vivas e coloridas... Que saudade ele tinha! Foi quando ele partiu. Não havia mais cores, sonhos, vontades. Havia somente ele que sempre fora guerreiro mas estava despedaçado e tinha uma lança cravada no peito. Uma lança que partiu de algum lugar desconhecido mas que doia. Doia e tinha que ser retirada para que não lhe causasse maiores danos e que pudesse caminhar, sair daquele lugar. Foi quando, num canto afastado, ao retirar a lança do peito, percebeu que havia as iniciais do seu amado escritas no cabo. Ele não entendia. Não entendia e se repetia:
-Se ele também me amava, porque ele me mataria?" 

Quartzo


Ele me dizia que era um poeta
Mas nunca foi tão longe de casa.
Caminhou sem destino, sem direção
E desenhava o nome dela numa tela azul.
No horizonte nada mais se via
Mas seus sorrisos continuavam vivos
Ela já não estava mais aqui.
Dentre tantos rabisco
Fotos, músicas e livros
Havia a sombra de quem ainda não partiu
Mas ele era poeta
Mas ele dançava só
Mas seus olhos marejavam
E ele continuava ali
Diante da tela azul
Num sussurro, ela retornava
O que lhe dava a vida de volta?
Era apenas o seu pedido
"Se me amas, me deixe ir embora."

Prainha


Ele caminhava pela areia
Pedia através das pegadas
Que houvesse respostas certas
Para suas perguntas erradas
Somente o vento vinha
Mais ninguém ao redor
Somente ele e o mar
E as coisas na cabeça
Ela veio quieta
Flutuando pelas águas
Se sentou e com um olhar de mãe
Não disse uma só palavra
Recitava poemas
Através do ir e vir do mar
Não ficou muito tempo
Logo, teve que ir
E ele jogou sua vida no oceano
Mas as ondas intermitentes
Trouxeram de volta
Somente aquilo que era bom
Somente o que lhe bastava.

Trechos


"Sim, eu sou utópico. Tenho crenças que divergem da grande maioria. Não tenho sonhos absurdos e geralmente sei o que quero. Procuro entender as razões dos outros porque vejo o mundo de fora pra dentro e não o contrário. Mudo de opinião caso você me apresente razões plausíveis sobre algum assunto. Creio em Deus e em todas suas formas de evolução. Sou sincero. Me machuco rápido e me curo devagar. Minha felicidade não está nos outros, está em mim e por isso, eu gosto de compartilhar o que sinto. Sou desconfiado, mas acredito em olhos que brilham. Me entrego devagar mas quando me entrego sou ímpar. Sorte daqueles que já viveram e vivem isso. Sou uma orquídea: se eu grudar em você, não vou te danificar. Pelo contrário, vou florescer todos os anos e minha flor será uma homenagem aquilo que só você me ajuda a ser. Sou simples dentro da minha complexidade, mas quem não é?! Amo simplesmente por amar sem esperar nada de volta pois o meu gostar não é moeda de troca. Faço planos e desfaço tudo. Viajo sem sair do lugar. Não julgo ninguém por seus atos mas também não admito que julguem os meus. Sim, sou perfeito mas isso você só irá descobrir quando se permitir enxergar com os olhos da alma. Você também é perfeito! Deus jamais te criaria se não fosse a sua imagem e semelhança. Há quem goste de mim por eu ser exatamente assim e há quem não goste ou não acredite. Alegre-se por eu abrir as portas de mim para você pois estas portas, apesar de estarem sempre abertas, não permitem a passagem de qualquer um. Tenho muitos segredos. Uns são deliciosos, outros nem tanto. De qualquer forma, te garanto uma aventura fascinante e inesgotável. Tenho muitos amigos e todos são pra sempre, estando perto ou longe. Sou seriamente engraçado. Aprendi a rir de mim mesmo mas me levo a sério. Gosto de seguir em frente mas não gosto de caminhar sozinho. O que eu busco está além das regras conhecidas. Dou um passo de cada vez mas pulo alguns degraus às vezes. Gosto de carinho e gosto de dar carinho, mas não me exija isso, deixa eu fazer de coração. Tenho vontade de me casar. Não me considero bom... estou em processo de evolução. Eu erro como todo mundo mas é sempre no intuito de acertar. Não aguento ver gente chorando. Gosto de abraços bem apertados e conversas bem demoradas. Tenho vontade de ficar num lugar distante só observando as estrelas. Adoro dar flores. Amo receber mensagens. Sou pateticamente romântico. Escrevo poesias, faço textos gigantes. Tenho medos e coragem de observá-los. Cada dia pra mim é uma nova oportunidade. Cada amor, único." 
Então... fui... sem remorso.
Sem pesar a cabeça
Pois sei que amanhã
O sol aparece atrás das montanhas.
E eu nada farei a não ser esperar
E cultivar
E guardar
O coração brando.

Vazio


Há em mim um vazio
Algo que não compreendo
Vazio
Ser minha própria companhia
Não tem sido suficiente
E nesta corrente-cachoeira
Desaguo e desabo em mim
Como um lago perdido
O oásis prometido
Num deserto severo
E sem fim
Não me resta muito
A não ser a espera
Gélida e solitária
Dos minutos angustiantes
Das horas impacientes
E companhias invisíveis
A olho nú
E eu que não quero estar
Permaneço quieto
Calado
E despido
Acompanhado por vozes
Que me dizem
Que vai ser assim...

17/01/10


Eu tenho medo... e é medo do teu silêncio.
Medo de suas falhas, medo por mim...
E eu que só queria um beijo de boa noite, agora durmo só
Sem abraços, sem afagos, sem um aperto de mão.
Não posso te entregar meu coração se assim for...

Pedaços Significativos

Subitamente, eu estava aqui
Preso aos meus pensamentos
E inquietudes matinais
Que se amontoavam há dias.
Por aqui, só você passava
E levava tudo embora de dentro
De mim.
Por dias meus medos se apresentavam
Severos e hostis
Como ventos fortes
Verdadeiros tufões que arracam
Árvores inteiras
Telhados inteiros
Casas inteiras
Me levavam inteiro...
Mas só você por aqui passava
E me segurava
E me dava de volta o chão.
De alguma forma,
Me alivie novamente
Me abrace
Me dê sua mão
Por aqui, eu aguardo ansioso
Que você passe.

03/01/10

Set Winners


Mini Set que eu produzi e mixei para o campeonato Winners Werner - Botanik Collection - da empresa
Werner Coiffeur...
Set Winners Werner
Enjoy!
Roubei em teus versos
Tuas ideias
Teus credos e medos
Roubei em tua casa
Teu leito
Teu lar e beijos
Roubei em teu peito
Teus sonhos
Tua dor e anseios
Roubei em ti
Teus amores
Teus dias e desejos
Roubei e fui preso
Porque não pude fugir de ti
Tampouco de mim mesmo.
Ela sabia de mim
Mais que eu mesmo
Mas dela
Nada sabia
E caso soubesse
Nada seria
Mas ela me media com os olhos
Essa moça ao meu lado
Porque nela eu me encontro
E em mim seu amor se cala
Em silêncios irreconhecíveis

Signo de Leão

Quem és tu, ser leonino
Que me tira o sono
O sossego
O juízo?
Quem és tu
Que me busca e me larga
Me atiça e me apaga
Dentro de si?
Quem és tu, ser leonino
Cujo corpo é tesouro
Escondido
Em panos bonitos?
A quem buscas
Pequeno ser
A não ser a mim
A não ser

Trechos...

"... e então ela entrou por aquela porta e disse em alto e bom som que detestava aquelas paredes... Sua mãe, ao ouvir tal desabafo, calou-se e chorou quieta num canto da sala. Talvez sentisse pena de si. Não poderia chorar por raiva dela.
Mas, ainda na conturbada situação, ela bateu a porta de seu quarto e fingiu dormir, fingiu não ligar para o pranto de sua mãe. Dentro de si, a consciência gritava e ela chorava também. Não se sabia o porquê de tanta raiva ainda.
Ela esperava mais da vida e procurava nos lugares menos óbvios a razão de sua existência. Não dizia a ninguém, mas seu medo ainda era muito grande e ainda não sabia disso. Só sabia que a vida era imensa..."

Frutas Doces


Já tive muitos nomes
E diferentes gostos
Muitas casas
Muitos lares
Sabores de frutas doces
Já fui vermelho
Azul
Cinza e preto profundo
Já ganhei, perdi
Me encontrei
Me iludi
Já contei verdades
Mentiras conscientes
Realidade
Ficção
Já contei estrelas
Cometas
Espaços inteiros
Da constelação
Já falei sozinho
Dormi abraçado
Já corri, cai
Já sonhei acordado
Me mantive aqui
Ou do outro lado
Mas ainda assim
Não estou
Acostumado

30/12/08

Right There



I'm drinking all the bottles
And may feel so good tonight
They wouldn't get me now
I'm happy to say I'm free
Meeting people, going out
With all the other guys
They say: all right to be like that
They had me around
To tell me what it's all about
The things I'm not
Everytime I'm careful
Well, I don't care about it
And I don't need to feel
So sorry about these things
I even need to say
I'm all right there
Waiting for it
I'm all right there
As people are used to say
I'm all right there
As people are used to be
I'm all right there
I feel it into me now
I'm all right there
Dancing like a king
I'm all right there
Don't worry 'bout a thing
I'm all right there
As people are used to be
I'm all right there

Chemistry



Been stupid
Been selective
Been comfortable and alive
Been superior
Been a faggot
Been insane and too high
Been locked
I've been kissing
I've been kissed by anyone
All the shyness
I've been keeping
I will love in you forever more
Then you gave me
All the chemistry you had inside
Then you gave me
All the chemistry you've got inside
Tell me right now
What I'm gonna have without your hand?
Tell me right now
What you're gonna have without...
I've got a little some
Been so virtuous
And distracted
I've been concentrated and having fun
Been so simple
And colective
I've been dissimulated after all
I've been living
I've been lying
I've been dying for the things I'm not
All the certains
I've been doubting
I'll find in you forever more
Then you gave me
All the chemistry you had inside
'Cause you gave me
All the chemistry you had inside

Novíssima... enjoy it!




Ruling the world
To say that you're right
And can burn a heart
Willing to turn
To hide the people that love
And they say my context
and the people that'd be around
Are practicing something
At the people that'd still around me
Oh, tonight
Everybody loses senses
Everybody losing all around
I keep around
To say and define
Sometimes we know it then
You will know
High and right
Everybody knows the rain
And so do I
I'm so tired
And the fear is gone
Go on
Go on
On, on

Fuego (radio edit)
Fuego (Electric Deconstruction Remix)

You always come close to me
And leave me wordless
You know exactly how to keep me
Quiet and waiting
All I need now is your hand
Touching me like the rain
Nobody knows
All that we wanna do tonight
They'll ever know
I wanna burn and fuse (fuego!)
I wanna try to lose (fuego!)
My own sanity (fuego!)
I wanna fly away (fuego!)
I wanna be into your flame (fuego!)
While you fire me (fuego!)
You always know how to touch me
And keep me unconscious
You've got that magic
That make me your slave
Your servant
All I need now is your touch
Make me lose all my breath
Nobody knows
What we're gonna do tonight
I don't care what they say

Musiquinha 2


I wanna keep you from pain
Away from here before the rain comes all around
I just want to keep your eyes open wide to me
I will tell you the truth about the things
You never wanted to be
I will give you all the dreams you wouldn't dare to have
I wanna give you all the pleasure that you ever had
But you have to keep
Your mind widly open to me
I will set you free
From the destiny that we live
And reality
Could really be something good
Do you know tonight
You may feel delight and I won't stop
I still believe, believe in dreams
It takes where you could be so better
Still, still believe
It takes you where you could stand a second ago
I wanna keep you from the rain
Let's run from dark that comes down all around
Do you mind to keep your mind open wide to me?
I will take you thru all the things
You never wanted to be
I will give you all the dreams you wouldn't dare to have
I wanna give you all the pleasure that you ever had

Musiquinha


If you knew that love could break,
would you break it down like that?
If you knew that love was goods that they can change
Would you really make me cry?
Would you really make me die?
You should make it all before
Life tells you no
I would love you, babe
Would love you really good
I would love you, babe
But you'd never know
If you knew that love could leave,
Would you just let it pain?
If you knew that love could never wake again
Would you feel yourself alive?
Would you keep it hightly high?
You should make it all before
Life tells you no

Cores Psicodélicas


Sendo que sou
Não diria algo sem querer
Abrindo portas e ter
A estranha sensação que sou especial
Porque não me importa quanto tempo vai levar
Para saber exatamente o contrário
Do meu pensamento
Se estou aqui
É porque realmente não deveria estar
Não querendo parecer
Tão preciso e exato
Noutro lugar menos público
Numa extensa fila para o céu
Ou para qualquer outro lugar
Que não fosse especial.
Pois se fosse melhor
Escolher do que apenas permanecer
Sendo quem não levaria
Muito tempo para esquecer
Talvez todos seriam somente peças
De um jogo de quem
Chega primeiro
Quem é melhor que quem?
Com todas as cores psicodélicas
De um pesadelo diúrno
E sendo quem sou
Jamais acreditaria
Em alucinação barata.


20/03/01


Quem jamais se perguntou
Se valia a pena saber mais
Alguma coisa?
Eu não saberia responder
Se eu usaria outras coisas
Para ordenar o que não existe
A vida é só imaginação
Ainda é assim
Quando não se toca as mãos
E mesmo assim
Se toca o rosto
Quando o que se pensa
Já não é real
Já não existe bem
Nem mal
E eu queria imaginar
Um mundo de anjos
É uma parte de mim
E eu ainda não encontrei
Queria apenas uma outra opção
Uma saída justa
Um mundo de fantoches
De fantasmas
De grandes rios
Se transformando em lágrimas
Num teatro de palhaços selvagens
Sobrevoando uma multidão
Que teme por seus filhos
Que tem sede de sorte
Se qualquer domingo
Fosse apenas um domingo
Num domingo qualquer
Inventando maneiras para fugir
Do que todos sabem
Mas não admitem saber...


19/03/01

Corpo em mim


Saí ileso
Do seu corpo
Do seu gosto
Do seu mundo
Porque soube escapar
E me reencontrar
Se fiquei preso
No seu corpo
No seu gosto
No seu mundo
Não sou mais um
Somente um
E quando você chegar
Eu não estarei aqui
Para dizer que 
Não há
Você em mim


26/12/08


Fazia muito tempo
Que te caçava com os olhos
E te beijava a boca
E te abraçava o corpo
Sem ser notado
Porque antes havia
Uma parte que me prendia
E me tornava vulnerável
Eu sabia
Mas era o meu pecado
Não pensava
Nem queria
Não imaginava que um dia
Te teria nos meus braços
Seu calor em mim ardia
O melhor presente ganhado
Pela manhã, neste dia
Me desperto do seu lado
Não pensava
Nem pedia
E com seu beijo
Fui acordado.


26/12/08

Silenciosamente

Me apaixono fácil
Mas havia algo em você
Que me envolveu como braços
Apesar de seus beijos
Nunca serem meus
E te toco o corpo
Te delineando as formas
E percebo teus encaixes
Tua boca
Meu amor recita
E te olho nos olhos
E não posso evitar
Mas te amo mudo
E talvez não te fale
Vou continuar calado
Não quero te perder
Pois eu te tenho
Mas você não sabe
Não pode saber
Meu amor é sonho
E te trago nos olhos
E te abro um sorriso...

07/10/01

Buquês

Perco todos os sentidos
Quero todos os motivos
No começo do fim
Com palavras perdidas
Faço belos buquês
Uso coroas de reis
Numa terra tão esquecida
Pelas mesmas ambições
Eu passo todo dia
E quem jamais diria
Outros 'sins', outros 'nãos'
Demolindo grandes castelos
Por maiores que sejam
E mesmo que todos vejam
Para mim já não são belos
E as horas estão passando bem ao longe
Onde já não existe amor sensato
Onde algo diferente surge
Onde diferente é exato.

19/03/01

TV

Longe logo hoje
Largo logo cedo
Se espero sem saber o que
Eu não gostaria de saber
Se não memorizo
Todos os números de telefone que recebo
São as mesmas coisas tolas
O amor nunca foi tão babaca
E inútil
E fora do que eu diria convencional
Mas somos os mesmos
Antes de um bom começo
E seremos muito menos
Antes do fim de qualquer outro comercial


21/03/01

Por esta noite


Nem sei se posso entrar
Assim nos teus olhos
E tomar teu peito
Ouvindo essa música ao fundo
Me faz crer que talvez
Me queira também
Ao contrário de vocêQue codifica seu amor
Eu quero transparecer
E virar vidro
E te abraçar
E te ter
Por esta vida inteira
Ou somente
Por esta noite


23/07/01

Festas


De nada vai adiantar
Ir para as festas
Como se sentisse bem
Entre as pessoas que já não dá pra reconhecer
Falam de desculpas
Quando o que mais houve
Foi esquecimento
Tudo pelo mesmo motivo de antes
Quando era mais fácil
Justificar as atitudes
Depois de anos de convivência
Pelo tanto que fizemos
Para tentar reverter o tempo
Que perdemos frequentando
As mesmas festas que eram refúgio
Para que pudéssemos sentir
Todo amor que a gente jamais sentiria
Por você
Por isso e por aquilo eu me sinto responsável
Por suas atitudes de procurar
Se esconder nos lugares mais óbvios
Sem sequer experimentar o que é novo
Sem saber encaixar as peças
Desse enorme quebra-cabeça
Sem inventar pretextos para desistir
E seguir em frente
Pelos lugares que não vão te levar
Até onde o coração se pergunta porque bate
E sentimento se verbalizam
E pertencem a ninguém

22/03/01

Century of changes

I would taste the touch of my strange nestle
I would be afraid of different points of view
One day in my whole life is like
A century full of changes
And I must obey my lonely heart
I would negociate my private death
I would gain any knowledge I knew
One word from all my letters
Would not confess what I have to say
And I have to say something
Now I can't act like I didn't know
What really matters
Like my existence was something to fool me
Now I have to sit down
And wait for the time to be kind
Like I was waiting for kindness
Or godness
When I'd written my last letter
To say I am an unhappy coincidence


19/04/01